Era um boteco na periferia, perto do final onde os ônibus paravam. Um motorista sentado na calçada e um tiozinho fumando seu cigarro. Cheirava mal. O boteco tinha um pequeno banheiro e um grande problema. O cheiro de esgoto. No balcão via-se a comida já velha, onde os mosquitos habitavam. Velha também era a dona do boteco, que não sabia contar os trocados e sempre pedia para os clientes contar. Sempre me dava um trocado a mais, eu devolvia. O cheiro era forte demais, e já fazia parte daquele lugar de tal maneira que ninguém dava a mínima atenção. Estamos acostumados a merda que entra em nossas mentes e descarregamos no banheiro. Tudo que pensamos e fazemos no fim do dia cheira mal.
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