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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A mulher de vestido vermelho


Sempre gostei de admirar as tardes de quinta-feira,afinal ninguém liga para esse dia, as pessoas guardam mais as segundas e sextas-feira. Mas eu não. Gosto da quinta por que ela esta no meio de cada três dias, ela é praticamente o fim dos três primeiros dias e o começo dos três dias finais.E foi justamente numa quinta-feira que á vi pela primeira vez.

Não sei o nome dela, mas sei onde mora. É bem aqui perto de frente a minha janela. Geralmente não tenho o costume de ficar a beira da janela, mas nesse dia quinta-feira as 16hs que eu a vi, saindo de seu portão arrumada,cabelos molhados vestida de um longo vestido vermelho.

Num pensamento rápido disse a mim mesma: Nossa que moça bonita!
Parecia uma rainha,s e sentia de fato,o seu rosto não mentia. Andava como um pavão, parecia que ia para um lugar muito agradável, praticamente especial. E todas as quintas ela saia com os cabelos molhados e o vestido vermelho. Sempre sozinha.Comecei a estranhar. Imaginei milhões de coisas, achei que podia ser um namorado doido que pudesse gostar demais de vê-la de vestido vermelho, ou ela era uma dessas guerreiras mulheres que trabalham nas noites alimentando o prazer alheio.

Parei de ficar na janela observando. Mas essa história não saia da minha mente. Afinal de contas para onde ela vai assim?

Até que um dia sai para comprar um cigarro e por mera coincidência a vi saindo de casa. Perguntei as horas para um camarada que estava passando eram 16hs. Não me espantei. Comprei meu cigarro e fui para o ponto pegar o ónibus, era dia de finados, como de costume ia visitar meu pai que morrera de solidão. Desci e quando menos esperava lá estava ela de joelhos para um túmulo, muito bem cuidado, as flores eram novas e era o mais bonito. E bem baixinho ouvi ela sussurra: -Olha meu amor! Estou com o vestido que você mais gostava. Com total surpresa eu entendi tudo. Quando ela saiu, fiz questão de olhar o túmulo tão bem cuidado. Tinha a foto de um rapaz, era seu amor, e morrera numa quinta-feira as 16hs

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Que sentimento é esse?



Que sentimento é esse?

Vontade de dançar nas nuvens!
E deixar o sol dizer que me ama.
Sentar nas estrelas e cantar junto com a lua,como uma loba!

Flutuar nas águas, e escrever versos com os peixes.
Vontade de mergulhar e pentear os cabelos das sereias.
Soprar com o vento,o perfume das flores!

Rolar no jardim, e vestir a grama.
Subir nas árvores e cair com as folhas.

Que sentimento é esse?

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Vizinhos



Um homem ao atravessar a rua, não olha para os dois lados. Sente a pancada e logo
a escuridão toma conta.

Já não sente mais os braços, muito menos sente as pernas, tomado pela embriaguez do coma,
ouve vozes e barulhos que lembram um relógios.

Tudo que vem a mente era o momento que estava atrasado para o trabalho, e que na pressa nem banho tomou. O café desceu gelado e amargo como remédio ruim.
Enquanto trancava o portão,viu a vizinha flor que tanto admirava. Estava vestida com um vestido azul bebê e cabelos soltos na altura dos ombros. O decote era decente e era o que ele mais admirava, imaginava como seria esse decote descoberto, esse mistério era seu carma.

Foi na mesma direção da moça que por coincidência seguia o mesmo caminho.
Com o seu quadril solto desenhava curvas no seu vestido.
O homem pensou até em alcança-la para pedir-lhe a mão,mas achou loucura uma aproximação assim,tão repentina.

Pensou em mandar flores, e logo avistou uma flor e cultura, quis chegar lá, mas não queria perde-la de vista. Logo a vizinha flor vira a esquerda, o horário estava muito apertado, não poderia parar.Continuou o seu caminho mas com os olhos na vizinha que ia sumindo ao longe. Até que avistou outro homem abraçando e cheirando sua flor, o baque foi na hora e tudo escureceu.

Na manhã seguinte a vizinha flor, entra na flor e cultura e compra uma rosa vermelha. E já no fim da tarde com os olhos de lágrimas deposita a rosa no caixão do vizinho, que ela tanto esperava para ama-la.