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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Sonho de Laura

Jonas ao entrar no quarto joga uma nota de cinquenta reais.

Laura: O que acha que sou?

Jonas permanece em silencio profundo.

Laura: Acha que sou profana?
Jonas: Acho!

Laura: Por que me paga?Não sou o que pensa.Não hoje.
Hoje fui sua por inteira!Só sua.
Jonas:Enquanto dormia,vi seus sonhos sairem pela sua respiração.Não era o meu rosto que via,nem meu sorriso.Sonhava com outro.

Laura: Não diga besteiras.

Jonas: Não é besteira alguma.O amor que tens por mim não existe.Sonhava com um heroi que te levasse as nuvens. Alguém que por ti tinha o amor que não tenho.

Laura: Não use os meus sonhos para dizer que não me ama.

Jonas: Não sou eu,são seus sonhos.Eles fazem você enchergar o que não existe.

Laura: E por isso, você acha que tem o direito de me tratar com uma infame? Prostituta.Me pagando cinquenta reais.

Jonas permanece em silencio.

Laura: Os meus sonhos e desejos valem muito mais que cinquenta reais.Alias,não tem dinheiro que compre os meus sonhos.Não há dinheiro que compre o amor que desejo.
Sim. Sonhei com outro,senti sua presença.Talvez ele não exista,mas o amor dele por mim sim, por que esta dentro de mim.O amor dele, é o meu amor, e nunca deixara de existir.

Jonas: Pegue a nota Laura.

Laura: Não preciso, nem vou precisar.Tenho amor, e isso basta!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Vento


No meio da noite é o vento que escuta os meus desabafos.
Respondendo com barulhos nas portas e janelas,dizendo que quer entrar.
É no meio da noite que descubro o segredo do vento.
Tão leve e sussurrante, diz no pé do ouvido, o que quero escutar.

Vento quente que me faz arrepiar.
Entra por debaixo da coberta,descobre o meu intimo.
Deslisa em um único ritmo que me faz suspirar.
Me ganha.
E a noite torna-se pouca para nós.
E os dias, longa espera.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Vermezinhos

Vermezinhos assanhados que cruzaram o meu caminho..
Pulei para não pisar encima,
ao contrario deles que pisaram em mim..

São de todas as cores,frios, calculistas...Sem vergonha..
Brotam do chão,adoram a carne podre..
Tudo que é podre,eles amam.

Menos amim,que já os amei.

Árvome

A semente que plantaste no meu jardim,
fez com que crescesse uma árvore, e então, chegaram os cupins
Devorando os meus galhos,que seguravam os meus pensamentos.
Destruindo as minhas folhas onde escrevia o Céu cinzento.

Sobrou só as raízes..
As lembranças de onde vim.
Lamentei a perda do corpo.
Mas sucumbi a leveza da alma,única que restou.

E o pensamento de que na vida as árvores nascem e morem,
como o ser-humano que um dia as plantou.